O Corvo olha por cima de sua cabeça. Abre sua negra dorsal contra o Sol, num ato de imponência, eriçando cada betuminosa pena. Na sua arrogância, se emposta perante o astro-rei, o desafiando a uma batalha campal. É ignorado. Grita. Silêncio.
Arremete voo e parte em prol de sua próxima empreitada. Sua forma desenha o preto no azul. Sombra. Luz. Trevas. No chão, é apenas um ponto. No céu é o Eclipse, é o fim de tudo. É o ícaro com nuances de Ragnarok. Mesmo que não dure muito. Seu inimigo o aguarda na próxima hora alta. Sua luta quixotesca não tem fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário