sábado, 31 de dezembro de 2011

Ciclos

Ainda não sei o por quê de tudo isso, não sei aonde tudo vai parar e sinceramente, não tenho intenção alguma de saber. Mas se há algo que aprendi nos ultimos tempos passados, foi como aprender.
Espero que no futuro a metamorfose que me tornei ainda tenha os fundamentos impetráveis que me alicerçam e que me caracterizam, e que os conselhos dados por figuras tão claras continuem tão claros quanto seus donos.
E que o suor, e as lágrimas não passem de lembranças, que a dor seja suportável, que o cansaço seja revigorado, que a paciência seja a nova virtude e que o amor, ah o amor, que esse seja sempre presente. Que nossos sorrisos sejam sempre presentes, que a angústia esteja sempre contida no significado abstrato.
Que assim seja.

sábado, 8 de outubro de 2011

Tragédia

Sim, enfim contemplo minha majestosa queda. Os prazeres de baco, tão malditos pela minha boca, agora são companheiros tão próximos e desejosos. Aonde se encontra o início? Por onde devo procurar?
O Reino, que tanto eu clamava, agora tão distante se encontra. Vejo com clareza minha cegueira e tão fácil me cego. Me sinto só, saudosista e passional. O calor da felicidade que me permeava e me caracterizava, agora não passa de uma saudosa lembrança, doce ao estômago e amarga na boca. A contradição tornou-se a rotina de um erro constante, preciso e infalível, presente nos mais profundos devaneios.
A satisfação agora não passa de uma idéia criada por um termo incerto. Sorrisos são apenas máscaras venezianas, feitos para uma dança aonde todos dançam mentirosos, arrogantes, imersos em seus próprios repertórios de frases feitas para um fim infindável.
Sim, falta-me aquele universo, consumido sua própria matéria, suas próprias bases mal feitas, tomadas pelo alicerce desistente. Talvez, ele fosse pior do que aparentava, mas era de minha posse, e isso lhe tornava majestoso.
Sou um rei sem um reino.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Epitáfio

Não que espero maus agouros, mas se um dia eu morrer (sim, pois ainda espero ver o fim dessa vida), que digam isto:
"Foi completo no que devia ser, mesmo lhe faltando tudo.
Foi perfeito, mesmo com todas as imperfeições e defeitos.
Foi sábio, mesmo lhe faltando sabedoria em muitas horas.
Foi incomparável, mesmo que tenha sido comparado com tantos outros.
Foi indispensável, mesmo que muitas vezes quiseram lhe deixar de lado.
Foi um gênio, mesmo lhe faltando tanto conhecimento.
Foi inesquecível, mesmo quando quiseram lhe esquecer.
Mudou a vida de todos, mesmo quando todos permaneceram imutáveis."

E que isto nunca venha a ser dito.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Prelúdio do poslúdio

Esses serão dias desonestos.
Como aqueles dias de diáspora, esses serão dias desleais. Tempos aonde velhos amigos serão nada mais que estranhos, aonde estruturas pétreas serão ruínas. Palácios se tornarão casas vazias e as épicas histórias se tornarão capítulos de livros fechados.
A jornada de mil passos começará com passo algum, e atlas derrubará o enorme peso das costas.
Será o início de uma era com um gosto amargo de uma era anterior que não deveria se encerrar, e o fantasma do passado, esse pária, tornar-se-á o assombro eterno que molda o futuro que não há de vir tão cedo.
Serão esses os anos de silêncio que precedem a calmaria, o tempo em que se para de lamentar pela calamidade e começa a se limpar os escombros.
Esses serão os dias do recomeço de um final inacabado.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Behaviourism

Entenda: você sempre será você. Não, os fatos não mudarão nada no que você é, a não ser que você realmente queira. E assim, com essa mudança, você permanecerá imutável, pois tudo não passa de um artifício para justificar algo que você ja é há muito tempo, apenas não tem ciência disso.
Desista, não espere, não insista. Não há nada que você possa fazer. Se você espera milagres, eles não irão acontecer sem sua vontade inserida nele. Aguardar o momento passar, a oportunidade chegar, os fatos ocorrerem será apenas um disperdício.
Você sempre será um escravo de si mesmo, pois não há mais nada hedonista do que sentir prazer no seu próprio ego.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Percepção

Silêncio. Sim, tornei-me seu mais profundo admirador.

Quem fala demais é porque não tem nada a dizer.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Triste História de Epaminondas

Epaminondas era um cara legal, era um cara normal. Adorava fazer coisas que todo mundo da sua idade fazia. Epaminondas adorava ser o rei do seu universo. No seu mundo, ele era o cara mais inteligente, o descolado, a alegria da galera, o indispensável, o que arrancava muito suspiros. Tinha uma família perfeita, uma casa legal, tudo que queria. Não era necessário explicar nada da sua vida pra ninguém. Todos que conheciam o Epaminondas sabiam de cara o que ele era, as suas convicções, o seu comportamento, o seu senso de justiça. Epaminondas se sentia Completo
Então tudo começou a ruir na cabeça do pobre Epaminondas. Talvez para os outros de fora, fosse apenas uma fase ruim, não era motivo pra drama. Mas não para Epaminondas, para ele, era o fim de uma perfeita, preciosa e incrível era. Epaminondas se sentia traído por tudo o que ele achava que eram os fundamentos imutáveis do mundo. Epaminondas se sentia triste.
Talvez a sorte tivesse sorrido novamente para Epaminondas, ele havia conseguido ir pra um lugar legal, com gente legal, e com uma vida aparentemente legal. Ele não queria perder tempo, e tentou, de uma vez só, jogar toda informação, todo seu ser. Ele queria desesperadamente ter novamente seu reinado. Logo, ele percebeu que não havia conseguido chegar nem perto do efeito desejado. Na verdade, ninguém reconhecera nada do que ele achava que era estampado na sua cara. Epaminondas se sentia confuso.
Demorou um pouco, mas Epaminondas percebeu o quanto ele havia errado. Ele demorou a perceber que na verdade tudo aquilo que ele pensava dele mesmo não era mais do que um castelinho de cartas, que ficava muito bem apoiado antigamente, e agora com a falta de cuidado dele estava a ruir. Epaminondas se sentia em conflito.
Epaminondas precisava de alguma forma escrever o que sentia. Então, durante uma travessia numa ponte, numa noite chuvosa, ele teve uma idéia: Escrever uma história com o pseudônimo de Astrogildo, que estava escrevendo sobre o pseudônimo de Horácio, que estava escrevendo com o pseudônimo...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Fins e Afins

Eu não sei o por quê, mas o fim sempre é muito doloroso, mesmo as vezes sendo tão bem anunciado. Creio que é por isso que todos temam tanto a morte, não por que tenham medo de não mais existirem, mas de serem esquecidos, de seus velhos costumes serem abandonados, de não serem mais necessários para todos, de suas rotinas serem quebradas, de suas regras não serem mais seguidas.
Sim, ninguém realmente deseja sair da sua zona de conforto. No fundo, todos querem viver novas histórias com as mesmas pessoas, com as mesmas piadas, com os mesmos sorrisos. Sentir novas sensações com os mesmos estímulos. E seria isso tão criminal assim?
Mas quando tudo isso passa e novas coisas ocupam antigos lugares, tudo fica confortável de novo. Mas ainda sim, resta aquela nostalgia, olhares que retornam ao ponto de partida, a louca vontade de querer regressar aos momentos que hoje parecem muito mais felizes do que eram na época, e os velhos sorrisos começam a brilhar mais ainda. Então, o maior choque acontece, o de saber que a vida se seguiu, de que as pessoas passaram a perceber o quanto dispensável você é, e de como tudo encontra um jeito de fluir. E agora você foi tão modificado pelo meio que viveu que não se encaixa mais com aquela antiga vida, e aquela antiga vida tambem foi modificada e não se encaixa mais com você. Curta enquanto você pode.

terça-feira, 1 de março de 2011

Saudações...

...a você que sente saudade de alguem, a você que se esqueceu de muitas histórias que antes eram obrigatórias no seu repertório. Saudações a você que se sente um pouco mais sábio, mais esperto, mais estiloso hoje e um pouco menos feliz do que era antigamente. Saudações a você que já passa muito mais tempo fantasiando do que vivendo o mundo real, a você que tem saudade de quando tudo era muito mais simples e menos angustiante.
Saudações a você que vive numa constante troca de emoções, de pensamentos, de fundamentos. Saudações a quem já sabe que não é tão importante ser importante na vida de alguem e saudações tambem a quem ainda vive nessa ignorância.
Saudações a você que percebeu o quanto esse mundo é uma gigante confusão, a você que já começa a desistir de mudar o mundo com pequenas ações. Saudações a quem chora sem chorar, a quem sorri sem alegria, a quem tampa o sol com peneira.
Saudações a quem se irrita quando ouve sobre pequenas tragédias e saudações a quem as sofre. Saudações a você que parou de só viver a vida e começou a questioná-la, a você que quer desesperadamente uma vida perfeita, mesmo com todas as suas imperfeições.
Saudações, estamos no mesmo barco.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

15 anos

Com quinze anos o mundo desabrocha, a vida passa a ser um pouco diferente, as cores já são outras, são mais cinzas, são mais desbotadas, mas não deixam de ser encantadoras...
Num mundo de poucos conflitos de verdade, mas de inúmeros conflitos internos, tudo fica um pouco mais complicado, um pouco mais confuso, e nada mais se resolve com um sorriso, um abraço e um pedido de desculpas. E você se pergunta se seus erros foram tão graves assim.
Não, eles não foram, na verdade, foram bem simples, bem passíveis de perdão. Seja bem vinda debutante, ao mundo de cão! Todos os seus problemas agora são burocracia, e devem ser enviados com a segunda via autenticada que será arquivada em algum lugar, atrás de muitos outros problemas que se enfrentam dia a dia e que não são meros problemas emocionais e não dependem só de você. Desculpe debutante, sinceramente lhe peço perdão, o meu mundo é um mundo de babacas. Talvez não seja assim com todo mundo, talvez só eu faça esse showzinho todo, mas já dizia o bom e velho ditado "Gato escaldado tem medo de agua fria". Talvez meus arquivos tenham mais papeladas que os convencionais, mas é um preço a se pagar.
Só não se esqueça de uma coisa debutante, você não é o que demonstra. Afinal, seu arquivo ainda só possui uma gavetinha, bem pequenininha. Aproveite todos os seus erros e não endureça com eles, são passageiros, só aprenda, ah sim, aprenda muito com eles, porque vai precisar. Ah debutante, viva seus 15 anos...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sentimentos?

É engraçado como sentimentos são falsos. Já dizia a boa e velha bíblia: "Enganoso é o coração do homem, quem o conhecerá?"
Acho que não é muito difícil constatar que nada abstrato existe sem que haja uma base concreta para isso. É simplesmente atordoante ver pessoas que se envolvem num universo deturpado de sentimentos irracionais e exigem da realidade transformação de acordo com sua vontade torpe e egoísta.
Claro, os sentimentos dão nuances de cor a um mundo cinza, torna tudo personalizado, mais tolerável. Mas o grande problema de tudo isso é esquecer que por baixo de sua própria vontade existe um universo que cresce e funciona independente de sua vontade.
Afinal, o que desejo dizer? Sim, sentimentos são válidos, mas são hipócritas, egoístas e irracionais.

"Oi, eu te amo, mas já não te amo mais".

sábado, 29 de janeiro de 2011

Tudo flui

Hoje começo a me deparar com a realidade e começo a me sentir frustrado.
Não por meros motivos triviais, mas porque o mundo me ensinou que sou muito menor do que ele. Na verdade, sinto agora que o mundo sentiu o agente estranho que me tornei em seu sistema e começa a me combater. Afinal, ir no contra-fluxo é perigoso demais para sua segurança.
Do meu lado, me frustro ao perceber o quanto a realidade é multi-facetada. Nenhuma verdade é tão absoluta, nenhum comportamento é tão aceitável, nenhuma rua é tão idêntica. Me frustro ao perceber que nunca irei captar tudo o que se passa ao meu redor, nunca conhecerei todos os pontos-de-vista, nunca saberei tudo que se tem para saber, e talvez nunca pronunciarei algo que ninguem saiba. E o pior disso tudo é que, se realmente pudesse saber tudo, ainda sim teria que saber tudo em todos os tempos, este fator limitante de nossos poderes seculares.
Já dizia Heráclito afinal. Ah, como gostaria de fazer uma represa nesse bendito rio!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Se pudesse voltar ao passado...

...Gostaria de me ver bebê. Daria um abraço em mim mesmo, tiraria um sorriso infantil, veria toda a inocência que me foi arrancada, me acolheria em braços quentes e me faria dormir, calmo e sem problema algum para o outro dia.
...Gostaria de me ver criança, de fazer companhia a mim mesmo naquelas intermináveis tardes de semana, explicaria tudo aquilo que me fazia pensar. Explicaria que quando a gente quer um irmão, ele tem que crescer primeiro e não nasce da mesma idade que a gente. E deixaria o pequeno Lucas ser o pequeno Lucas, olhando quão graciosamente era aquela vida.
...Gostaria de me ver com 16 anos. Riria daquele cabelo, conversaria comigo e deixaria sair tudo. Me daria um tapa na nuca por se comportar de forma tão depreciativa comigo mesmo, diria que era tudo uma fase, logo passaria. Passaria a mão no meu rosto e diria que um dia tudo aquilo iria sumir, que todos aqueles problemas eram pequenos, o mundo era bem melhor do que eu via.
...Gostaria de me ver alguns meses atrás. Diria pra mim o quanto eu deveria ser grato por tudo o que eu tinha, e mostraria o quão minha vida era perfeita. Diria pra nunca ter viajado aquele fim de semana, pra ter aproveitado mais, para rir mais. Teria falado que era provável que o fracasso viesse, e que isso não seria tão ruim assim. Diria para se preparar para o impacto que sofreria, para ser forte, pois eu carregaria o mundo.
...Gostaria de me ver agora, pra falar tudo o que queria ouvir, mas ninguem me disse. Gostaria de falar com a única pessoa que me compreende cem por cento nessa terra, mesmo que não tivesse resposta alguma.
Mas infelizmente não posso.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Feed the fire

Ele acordou meio assustado, esfregou a mão no rosto. Dessa vez tinha sido real demais, e isso o assustara. O sorriso dela era lindo, e era todo pra ele. Seu cabelo, negro com algumas mechas claras, seus olhos amendoados e sua voz eram mais que reconhecíveis. Ela havia tornado dona absoluta dos seus sonhos...

A única coisa que ainda ecoava em sua mente era: “Ela saberá meu nome, ela me conhecerá. Eu sei que ela está por aí, e será minha só minha”. Isso o consumia, e lentamente partia seus elos com a realidade. Assim, ele mergulhava eternamente no seus devaneios.

Os dias iam passando e a única coisa que ele fazia era procura-lá. As pessoas começavam a estranhar seu novo estilo apático. No seu quarto havia recortes de jornais, fotos desfocadas e boatos qualquer. Sua obsessão o divertia, a chama continuava sendo alimentada. Ele apertou a barra da camisa e resolveu ir ao seu encontro, já tinha uma idéia de onde ela vivia, e ele a queria mais do que nunca.

Gastou tudo o que tinha, pegou todos os ônibus, foi em todos os lugares que imaginava, consultou todas suas fontes, nada. Sentou-se na praça, seu cabelo estava desgrenhado, e sua roupa estava amassada. Coçou a cabeça, respirou fundo: era o fim. Ele não daria mais um passo, toda aquela loucura tinha ido longe demais. Era o pôr-do-sol em uma dessas cidades operárias.

Ele olhava pro chão, segurou a raiva quando se deparou dessa loucura toda e resolveu olhar pro céu. Algo travou sua cabeça no meio do caminho: um rosto quase angelical, um cabelo negro com algumas mechas claras, um sorriso doce, quase infantil. Era ela! A chama estava novamente acesa...

By the way: http://runawayeah.blogspot.com/

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Descanso

Hoje, eu não preciso abandonar tudo que eu quero. Hoje, eu quero trocar de estrada, sentar em uma moto, curtir um pôr-do-sol no meio de um caminho quase interminável.
Quero a experiência sinestésica de uma praia deserta, um sol amarelo, um céu anil, o vento que acaricia o rosto e o delicioso som da natureza.
Quero abandonar um pouco a tensão, quero sentir o prazer do riso, beber da paz do silêncio, colher o fruto do sossego. Desejo a adrenalina da aventura, escrever um livro com minhas histórias, fazer uma criança sorrir.
Quero que os problemas me esqueçam por quinze minutos , que a vida me dê um tapa nas costas e diga "parabens", que as obrigações me abandonem. Que os dias bons sejam lentos e os ruins passem como raios. Quero olhar pro céu e a única coisa que me passar na cabeça é como ocupar meu dia acompanhado de um riso besta. Quero cair na cama e não me preocupar em que horas acordar, quero que o suor que escorre pelo meu rosto seja apenas de um futebol. Quero que tudo isso aconteça, por algum tempo...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Eu sou um muro

Muros tem o papel mais injusto do mundo. Exijem deles firmeza, solidez e integridade eterna a troco de nada...
Muros até certo ponto não sabem do que são. Se acham tijolos, como todos os outros, até que todos os tijolos começam a falar do seu poderio como um muro. Então o muro passa a não só ter a dimensão do seu tamanho, mas começa a superdimensioná-la. Muros tem grande tendência a se acharem muralhas, das maiores possíveis, mesmo que sejam muretas feitas de poucos tijolos.
O grande segredo e que poucos percebem é que o muro é um valente. Ele expõe o seu corpo, enfrenta chuva e sol, protege ou tenta proteger todos que se encontram sobre sua sombra, e com isso acha que é indestrutível, até que surgem suas rachaduras...
Essas rachaduras são criadas pelas mazelas diárias, pelos sucessivos impactos oferecidos por marretas anônimas e chutes de crianças maldosas. Quando ainda são imperceptíveis ao mundo, são negadas de forma veemente pelo muro, para ele, todas essas falhas já estavam lá a muito tempo. Mas quando elas aparecem para todos os outros, o muro percebe de que não é mais de que um monte de tijolos, cimento e areia juntos. Aqueles tijolos começam a cobrar aquilo que elas mesmo construíram sobre o muro.
E o grande segredo disso é que muros não aceitam sua reconstrução, pois afinal aceitar a reconstrução é aceitar que ele já não é mais um muro. Então o muro segue a dizer: Podia ter sido melhor...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

La vie est belle!

Não adianta, por mais que você tente, eu não vou ter raiva de você. Você é linda, e isso se reflete nos sorrisos e toda a ingenuidade das crianças. Você é tão linda, nos abraços dos amigos e em todas as gargalhadas que me proporciona.
Mesmo que você as vezes esteja de mau humor, eu te entendo, ninguem consegue ser sempre perfeito, e as vezes você tem seus ataques de crueldade, mas a culpa nem sempre é sua né? Sempre tem um ou outro babaca que te maltrata.
Apesar de tudo isso, eu te amo. Sei que um dia você não vai me querer por aqui, mas eu não ligo, sei da sua natureza de amante cruel e estou pronto para isso. E eu acho que você vai ser gentil quando me dispensar,não é? Bom, tomara que ainda possamos ter muito tempo juntos, eu ainda não quero te largar.
Sei que tivemos nossas diferenças, mas vamos acertá-las com o tempo. Você vai me ensinar muita coisa ainda e eu vou lhe dar bons frutos, pra poder dizer: "Foi ela que me moldou desse jeito, e eu a moldei do jeito que quis".
É, você é bela, e sinceramente espero que nunca me decepcione!