quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tormenta

O que fazer quando a mãe de todas as tempestades se aproxima? Pois uma tempestade de areia no deserto nunca prenuncia sua chegada.
Abaixe-se! É a única coisa a se fazer. Torça para que o impacto não lhe arraste...
A dor de um conflito interno é a fonte da renovação fria, ríspida e insólita que a vida proporciona. É dela que as reviravoltas, as epifanias e as transformações mais sensíveis acontecem. Com ela, surgem as escaras, as cicatrizes e as marcas, fazendo que você nunca esqueça daquilo que passou e que nunca mais cometa os mesmos erros fizera no passado, até mesmo quando você foi apenas um expectador passivo e mudo de uma guerra que nunca foi sua.
Pois sempre que saímos da grande tormenta, nos tornamos mais fortes, experientes e sábios. Mas de forma alguma isso fará as infidáveis lutas ficarem mais fáceis, porque elas virão exigindo todo o seu potencial, toda sua força, que antes você não seria capaz. Afinal, doloridos são a conquista dos calos, mas são eles que deixam as mãos robustas e insensíveis a agressão da enxada.

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