Só música de elevador, revista Caras na sala de espera. É só o estímulo básico para que sua mente não decole.
Um homem senta e olha a rua. Não há nada para se ver, mas fita com intensidade, esperando algo que não seja carros e transeuntes.
São janelas acesas do décimo andar de um prédio num bairro qualquer, estrelas piscando a incontáveis anos-luz daqui. Paredes com grafittis escorridos e mofo, papeis-posteres meio rasgados de um show do mês passado.
É só existir até que se não exista mais.
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